quarta-feira, 23 de junho de 2010

Carta

Londres, 14 de junho de 1994.

Maria*,
Venho me despedir, pois estou prestes a partir e em breve não mais terás informação minha.
Agradeço a você por se fazer presente em minha vida mesmo que distante ou em pensamento. Cada dia que pude te ter dentro de mim foi mais um dia de alegria, foi mais um dia que fui inteiramente teu. Foi com essa presença sua que pude não apenas entender mas sentir, porque o seu olhar fala mais do que qualquer boca, porque seu silêncio é a mais pura tradução de quem tu és, porque por diversas vezes ao te ver me faltou voz ou meu coração ligeiramente disparou, porque ao ver teu corpo incendiava dentro de mim o que eu nunca soube apagar.
Foi nesse tempo sem você e ao mesmo tempo com você, dentro de mim, que eu pude entender o que dizia todas as canções românticas, todos os filmes melosos e todos os escritores apaixonados.
Passei a respirar o mesmo ar que você, acreditei e acredito que é você minha outra metade, você se tornou e é minha vida mesmo que eu seja apenas uma página da sua.
Durante vida me aconteceu várias paixões, mas só em você me fiz se humano, cresci e me formei. Anos e anos ainda irás viver e no meio de milhares de palavras eu talvez não tenha nenhum significado, mas sei que em minha vida meu único sentido foi você, meu universo e meu tudo.
Me amor superará a morte e na eternidade eu nunca vou ti esquecer e pra sempre vou te amar.
R. Morais & A. Pequeno

P.S: Serei pra você as estrelas a brilhar quando olhares pro céu, o calor que encontrarás no inverno, o abrigo nos dias vazios e teu amor só agora encontrado.
I love you!

*Personagem fictício

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